quinta-feira, 3 de outubro de 2013

BOM DIA COM DESEJO DE UM DIA BOM



            Ao nos relacionarmos com as pessoas em nosso dia a dia, seja no lar, seja no trabalho, seja em qualquer outro local usual ou novo que estejamos, temos o tão social e saudável hábito de dizer “bom dia”. Essa expressão está mecanicamente tão enraizada em nossa comunicação com os demais que, na maioria das vezes, nem nos damos conta do seu significado e importância. Simplesmente a pronunciamos às pessoas as quais nos relacionamos, seja apenas para cumprimentá-las, seja para dar início a um diálogo. Toda manhã ao levantarmos, desejamos bom dia às pessoas em nossa volta; ao chegarmos ao trabalho, cumprimentamos as pessoas com um cordial bom dia; ao falarmos com nossos clientes e amigos, a primeira coisa que dizemos é “bom dia”. Não é isso? É sim. Mas qual o significado desse tão social e saudável gesto? Por que dissemos “bom dia” às pessoas em nossa volta? E nós? Será que nós esperamos receber esse “bom dia” todos os dias?

           Tenho notado que a expressão “bom dia” é utilizada, corriqueiramente, como forma de cumprimento inicial, uma saudação apenas. Trata-se de um gesto educado que naturalmente se convencionou entre as pessoas como forma de contato social e inicial de um diálogo. É um cumprimento de chegada, ou algo assim. Via de regra, essa expressão é utilizada, pela maioria das pessoas no mundo todo, no período da manhã como forma de saudação. Mas continua a perguntar: o que esse “bom dia” significa? Permitam-me trazer um fragmento de um filme que chamou a minha atenção.

            No filme O hobbit: uma jornada inesperada, dirigido pelo consagrado cineastra e diretor neozelandês Peter Jackson e estreado em 2012 nos cinemas, há uma passagem que nos leva a uma reflexão sobre a simples, porém rica expressão “bom dia”. Quem assistiu ao filme pode perceber a inquietude de um marcante e sábio personagem sobre o uso dessa expressão. O diálogo se passa em um bucólico e encantador lugarejo conhecido como Condado, onde Gandalf, um dos magos mais poderosos da Terra Média, surge em uma visita inesperada a casa – na verdade, toca – do Bilbo Bolseiro, um hobbit simpático, porém solitário e desconfiado feito ele mesmo, que se encontra sentado no banco diante de seu confortável lar pitando seu estranho cachimbo, e com ele trava um diálogo. Nesse diálogo, o mago coloca em discussão semântica a complexidade da expressão “bom dia” dita pelo Bilbo ao Gandalf ao vê-lo. É exatamente assim:

(Bilbo) – Bom dia!
(Gandalf) – O que quer dizer? Está me desejando um bom dia ou quer dizer que o dia está bom, não importa que eu queira ou não? Ou talvez queira dizer que você se sente bem nesse dia em particular? Ou está simplesmente dizendo que esse é um dia para se estar bem?
(Bilbo) – Tudo isto de uma vez.

          Formidável, não? No episódio acima, o personagem Bilbo deseja ao mago um “bom dia”, assim como desejaria para qualquer um que por lá passasse. Poderia dizer qualquer outra coisa com, por exemplo, “olá”, “como vai?” ou “o que deseja?”. Não, ele disse “bom dia”. Entretanto, para sua surpresa, o pobre Bilbo não contava com esse embaraço pelo simples fato de dizer “bom dia”. Não faz parte da personalidade Bilbo se deparar com confronto qualquer que seja a sua relevância. E isso é um dos motivos que o leva a morar absolutamente sozinho em sua toca. De repente, eis que se vê alvejado de perguntas questionadoras sobre qual verdadeiramente o significado que ele queria, naquele momento, dar ao dizer “bom dia”. As perguntas foram, de fato, provocativas, mas genuinamente pertinentes, pois gerou dúvida ao mago que, dado sua sensibilidade lingüística, provocou Bilbo para saber qual sentido da coisa. Aqui entre nós, quando Bilbo responde “tudo isto de uma vez” deixa transparecer que ele simplesmente disse “bom dia” como uma forma simples e educada de se cumprimentar alguém, mas nada mais que isso. Não havia interesse da parte dele em prorrogar a conversa, pois o que ele queria mesmo era fica sozinho com seu cachimbo.

          É muito comum dizermos uma coisa ao falarmos outra. Ou ainda, falar algo que gera questionamento tendo em vista as várias formas de interpretação. E esse paradoxo lingüístico pode gerar questionamentos na forma de pensar e entender aquilo que se é dito. Pegando o exemplo do episódio acima, isso me faz pensar qual o sentido que tenho dado ao fizer “bom dia” às pessoas em minha volta! E, na maioria das vezes, questiono-me de como estou fazendo uso dessa expressão em meu dia a dia.

            Será que ao falarmos “bom dia” estamos verdadeiramente desejando bom dia àquele a qual falamos? Ou estamos fazendo uso dessa expressão meramente como um mecanismo que nos permite dar início a um diálogo? Ou ainda, utilizamo-nos dela apenas como forma educada de dizer “olá”? Às vezes falamos bom dia sem nos darmos conta de termos pronunciado “bom dia”, pois essa expressão, como já disse, é tão marcadamente forte em nossa comunicação que não notamos a sua existência a não ser como forma de nos relacionarmos com os demais em nossa volta.

        Não que seja errado utilizarmos a expressão “bom dia” à pessoa amada, aos nossos filhos, pais ou familiares e amigos ao acordarmos pela manhã, ou “bom dia” como forma inicial de uma conversa, ou ainda dizermos simplesmente “bom dia” ao nos despedirmos de alguém. Porém digo que existe algum muito mais forte por traz dessa expressão, que tem haver com sentimentos e desejos. E é isso que quero ressaltar aqui, no sentido de provocá-lo para uma reflexão sobre o outro lado da relação humana. Refiro-me ao valor de se dizer e, mais ainda, desejar algo de bom para o próximo.

           Quando nos levantamos pela manhã, desejamos fortemente que o nosso dia seja bom, não é mesmo? Se não agimos racionalmente, ao menos intuitivamente nosso desejo é de termos um dia produtivo, saudável e disposto. Em nosso cotidiano, não precisamos ter um excepcional dia, mas almejamos ter um bom dia! Um bom dia de trabalho, um bom dia de estudos, um bom dia de relacionamentos diversos.

      Mas será que no momento em que desejamos um “bom dia” a alguém estamos fortemente engajados e interessados em desejar que esse alguém tenha um dia bom? Será que nosso pensamento está voltado a esse desejo ao próximo? Confesso que por inúmeras vezes disse “bom dia” às pessoas visando apenas cumprimentá-las ou dar início ou fim a um diálogo com elas. No entanto, sempre me apeguei a esse fato de que ao dizer “bom dia” eu deva ter comigo o forte interesse e sentimento de desejar o bem ao próximo, desejando-lhe, do meu coração, que tenha um dia bom, mesmo que ele não sinta explicitamente esse meu desejo. Afinal, dizer bom dia é uma das oportunidades que temos para manifestar nossa vontade em desejar o bem, desde que, evidentemente, esse desejo seja sincero.


            Claro, não quer dizer que desejamos o mal ao próximo pelo fato de dizermos “bom dia” por simplesmente dizer. Mas se ao dissermos “bom dia” com desejo de que realmente o dia seja bom para o próximo, tenho convicção de que a energia e a unidade canalizadas motivarão ainda mais nosso universo e as coisas em nossa volta para influenciarem positivamente as pessoas e os bons relacionamentos, pois, com isso, tudo pode culminar positivamente para aquele que desejarmos um bom dia e, por conseguinte, para nós mesmos. É uma reflexão que cabe a cada um de nós se desejarmos o bem e se queremos também recebê-lo. Mais importante que dizer “bom dia” é desejar que o próximo tenha um dia bom. E esse sentimento fará bem ao nosso coração. Então, ao utilizarmos a expressão “bom dia”, não só a falemos, mas também a desejemos com muita energia e unidade, e o universo atuará em nosso favor. Bom dia!


segunda-feira, 22 de julho de 2013

FAZER O BEM QUE MAL TEM?


Não nos cansemos de fazer o bem.
Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo certo em que faremos a colheita.

(Gálatas 6 – 9)

PAPA FRANCISCO




Francisco, o Cardeal Arcebispo Jorge Mario Berboglio, argentino que, em 13 de março de 2013, foi eleito Papa e o 266º Sucessor de São Pedro.

Que o Papa Francisco seja mais um Santo Homem, como assim foi o nosso João Paulo II, e que sua fé seja disseminada pelo mundo afora, levando humildade e unidade entre as nações.

Seja bem vindo Papa Francisco! Que sua humildade seja carinhosamente difundida entre o povo brasileiro.

Tenho muita fé em Vossa Santidade.


quinta-feira, 11 de julho de 2013

VOCÊ DUVIDA?


Há uma espécie de corrente elétrica nas grandes massas
de povo.


José de Alencar


quarta-feira, 10 de julho de 2013

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM OS BRASILEIROS?


O elefante está solto
            
            O mundo todo tem acompanhado as inúmeras, massivas e surpreendentes manifestações que o povo brasileiro tem feito nos últimos meses, tendo a internet como o local de concentração e preparação e as ruas como palco principal. São manifestações criticando inúmeros atos públicos, desde o aumento da passagem de ônibus – fator motivador inicial das manifestações – até a corrupção e insegurança que afligem a sociedade brasileira.

            O que, de fato, levou o cidadão brasileiro sair às ruas para mostrar sua insatisfação e, ao mesmo tempo, reivindicar melhorias? Qual foi o motivo de as pessoas tomarem essa decisão? Foram as conversas de bate papo pelos canais sociais da internet que as motivaram? Foi mais um modismo passageiro que milhares aderiram e se uniram para simplesmente participar e reivindicar algo? Ou foram os meios de comunicação tradicional falido que convenceram mais uma vez o povo levantar a bandeira contra uma causa? Nada disso.

            Podemos dizer que essas manifestações são uma surpresa ou uma esperada ação coletiva? Pois bem, para mim foram as duas coisas. Surpresa, pois nosso histórico de passividade sempre prevaleceu e sempre permitiu que, numa sociedade democraticamente administrada, a corrupção constitucionalizada fosse descaradamente livre e solta, tendo a impunidade como instituto de proteção em prol do corrupto. Leva-se em conta ainda uma sociedade totalmente desorganizada e descompromissada com o bem público.

            Por outro lado, foi inevitavelmente essa atitude de rebeldia de um povo que fez questão de mostrar aos seus líderes o quanto está cansado de tanta corrupção e descaso daqueles que a sociedade elege para representá-la e para administrar a máquina pública. E essas ações na prática ocorreram graças às redes sociais eletrônicas, que foram, sem sombra de dúvida, o mecanismo de concentração e de fortalecimento que levou a sociedade a se unir para, criticar, reivindicar e protestar contra diversas irregularidades.

            As inúmeras manifestações ocorridas por todos os cantos do Brasil são fortes indícios de intolerância de uma sociedade cansada de ser enganada, roubada e manipulada por políticos incompetentes, corruptos e maus intencionados, que mancharam o Congresso Nacional, mancharam a Pátria brasileira com seus interesses obscuros, estando eles investidos em cargos constitucionais que lhe garantem fazer tudo que interessa aos seus motivos pessoais e não aos motivos da coletividade, uma vez que a própria sociedade sempre permaneceu passiva e a impunidade sempre prevaleceu para a classe política. E essas manifestações sobraram até para a velha mídia, condenada pela sociedade como cúmplice da corrupção.

            Que o povo brasileiro é apaixonado por futebol, o mundo todo sabe. Isso é histórico, é envolvente, contagiante até! Ele ri, ele chora, comenta, sofre e ele é capaz de fazer qualquer coisa pelo seu time. Qualquer coisa mesmo! O decorrer dos tempos fez com que o povo brasileiro não se apaixonasse e nem importasse muito pela política como tem se apaixonado e se importado pelo futebol. E isso é lamentável, de certa forma. Eis aí o porquê de toda essa corrupção pública. Somos ótimos comentarias esportivos, técnicos de futebol, mas não somos bons ao falarmos de política e administração pública. Sem falar que o conceito de coisa pública não é bem definido na cabeça da maioria das pessoas. E isso justifica o descaso que o brasileiro sempre deu para esse tema. Sai presidente, entra presidente; sai prefeito, entra prefeito e o máximo que fazemos é eleger os candidatos e depois criticá-los por erros e falcatruas.

            O que estamos vendo nas ruas não é sinal de amadurecimento político da sociedade brasileira. Ainda não. O que estamos vendo nas ruas é uma excepcional revolta genuinamente popular, originada por uma forte indignação coletiva. Não se trata de uma manifestação pública contra um governante qualquer, um partido político qualquer ou contra um tema qualquer. É um forte interesse por questionar aquilo que a sociedade, a tempo, vê como errado e nunca fez nada. Não se trata de um amadurecimento político, não podemos descartar um forte sinal de um despertar da sociedade pelas causas públicas.

            A pergunta que podemos tirar dessas manifestações é essa: Como não existe dinheiro para investimento na saúde, na segurança e na educação se existe para mega reforma de estádios de futebol? O povo não é idiota! E tolerância tem limite. Indignadas, as pessoas saíram decididamente às ruas, em milhares, para cobrar explicações e, mais importante ainda, cobrar mudanças para melhoria de nossas instituições públicas, com o fim da corrupção e com a utilização apropriada do dinheiro público. E nossos governantes só não percebem mesmo por não quererem perceber.

            Pessoas mal intencionadas sempre existiram aonde quer que estejamos. A sociedade brasileira precisa aprender a se envolver mais na vida política se ela quer menos corrupção, mais comprometimento dos políticos e maior transparência das coisas públicas. E para isso não precisa ser político ou especialista. Precisa ter consciência de que as pessoas, como cidadãos, devem se envolver para fiscalizar e cobrar resultados. É essa consciência que precisamos ter. Devemos ser fiscais daqueles que optamos em colocar na administração pública. Em outras palavras, não tem mais sentido algum ficarmos a reclamar das falcatruas descaradas e não agir.


            A sociedade brasileira foi, por bom tempo, aquele enorme elefante preso apenas por um cordão. Hoje esse elefante percebeu que está solto e que pode agir, pode correr, pode impor sua tão grande força. Agora, com a consciência de sua força, a sociedade precisa se organizar, acompanhar e cobrar cada dia mais das lideranças, em todas as suas esferas. A sociedade precisa ser comprometida com a política, com o bem público, com os temas voltados à coletividade. Só assim poderemos – e conseguiremos – fazer do Brasil um país verdadeiramente justo e fraterno. E isso é crescimento. Um país é aquilo que seu povo representa e deseja. E a Democracia deve ser plena e eficiente, caso contrário perde a razão de ser. Então, vem prá rua, porque a rua é a maior arquibancada do Brasil!


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O PODER DA APRECIAÇÃO




Qual o conceito que temos de apreciação? Quando falamos em apreciar, remetemo-nos tão logo a um bom vinho, um suculento prato típico, um filme que ouvimos falar e desejamos muito assisti-lo, ou coisa assim. Dificilmente paramos para refletir sobre outras possibilidades de aplicarmos tão bem quanto o verbo apreciar.

Nessas minhas abstrações – e essa é mais uma delas – quero iniciar o assunto trazendo um exemplo resgatado do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas. Nessa literatura, tem uma passagem no mínimo interessante que trata exatamente sobre esse tema: a importância da apreciação. Com essa leitura, tive a oportunidade de aprender o outro lado do verbo apreciar, ou melhor, uma outra maneira para ser aplicado e que traz surpreendente resultado no âmbito das relações humanas. Para exemplificar o poder da apreciação, Dale Carnegie, autor desse livro, traz um bom exemplo, abordado, segundo ele, num programa de rádio, em que o apresentador relata uma história reveladora. Disse ele então:

“(...) uma professora de Detroit solicitou a Stevie Morris que a ajudasse a procurar um camundongo que estava solto na sala de aula. Entenda-se: ela apreciava o fato de que a natureza houvesse dado a Stevie algo que na sala ninguém possuía. A natureza havia dado a Stevie um aguçado par de ouvidos para compensar sua cegueira. De fato, era aquela a primeira vez que alguém reconhecia a capacidade de seus ouvidos. Hoje, após muitos anos, ele afirma que aquele ato de consideração iniciava uma nova vida. A partir daquele momento, começou a desenvolver seu dom auditivo e esforçou-se por se tornar, sob o nome artístico Stevie Wonder, um dos maiores cantores e compositores de música popular dos anos 70”.

Com esse breve exemplo, que trata de um homem excepcional naquilo que se propôs a fazer, mesmo dada a sua limitação visual – compor, tocar e cantar com a alma, deparamo-nos com um cenário, visto não só pela sua relevante exposição frontal, mas também por aquilo que o estabelece e sustenta nos bastidores.

Se do lado da frente desse cenário existe o influenciador poder da apreciação, que motiva, desperta e realiza transformações na vida das pessoas; do lado de traz, nos bastidores, encontram-se a sensibilidade, a assertividade e o entusiasmo de pessoas predispostas a agir em seu dia a dia com bons propósitos, seja com os familiares, seja com seus subordinados ou colegas de trabalho, seja em reuniões com amigos, seja ainda com pessoas desconhecidas, de modo a reconhecer o que há de bom nos outros em sua volta. Desligando-se de si próprias, do orgulho e da avidez, essas pessoas buscam olhar o próximo não visando o seu lado fraco ou ruim, mas valorizando-o e estimando-o com palavras de elogio e de reconhecimento de modo verdadeiramente sensível e direto. Esse ato, tão simples e humilde, tão poderoso e fortalecedor, tem o poder de transformar por completo e de fazer milagres na vida das pessoas.

Mas porquê estou falando sobre isso? Porque tais pessoas enxergam e praticam a outra ação desse verbo. Elas têm a humildade e a sensibilidade de reconhecer o poder da apreciação, pois sabem muito bem o quão importante é a apreciação sincera por alguém ou por aquilo que alguém faça ou possa fazer de bom. A apreciação faz bem e não nos custa nada, diferentemente da depreciação e do julgamento, que são condenadores e preconceituosos. E a apreciação é inversamente proporcional à bajulação.

Enquanto que a apreciação é algo que emana verdadeiramente do coração, que tem um sentimento muito forte e positivo e que sua consequência é a valorização e crescimento do ser; a bajulação, por sua vez, é algo exterior, obscuramente falso e visa um interesse egoístico qualquer, não de reconhecimento, mas de censurável interesse de outrem por qualquer que seja o motivo racional ou mesmo irracional. E ainda: enquanto que a apreciação enobrece, a bajulação empobrece e causa muito mal. Todavia, importante dizer que existe, na prática, uma linha tênue que divide a apreciação da bajulação e que, portanto, devemos observar.

Para melhor entendimento, trago aqui o significado das palavras apreciação e bajulação. O dicionário Michaelis assim as define. A palavra APRECIAÇÃO significa: sf (apreciar+ção) 1 Ato ou efeito de apreciar. 2 Estimação do valor de alguma coisa; avaliação. Enquanto que a palavra BAJULAÇÃO tem por significado: sf (lat bajulatione) 1 Ação de bajular. 2 Adulação interesseira; chaleirismo.

As pessoas querem ser reconhecidas. Todas desejam isso no mais profundo de seus sentimentos. Trata-se de uma necessidade social. E muitas entram em crise estrema, ficam doentes por não conseguirem tal reconhecimento, por não serem reconhecidas pela sociedade ou mesmo pelas pessoas em sua volta. Todos nós queremos ser reconhecidos naquilo que somos e naquilo que fazemos. O reconhecimento é o estímulo para o crescimento do ser.

“O mal fiz uma vez, e sempre falaram; o bem fiz duas vezes, mas nisso nunca falaram”
(Dale Carnegie)

Apreciar e encorajar são duas formas verdadeiramente eficazes para despertar o interesse e, com ele, o entusiasmo das pessoas e seu crescimento pessoal. O problema é que muitos estão terrivelmente habituados em criticar, julgar e subestimar a potencialidade dos outros. Não têm olhos senão para depreciar. Mas pessoas assim estão, na verdade, se espelhando naquilo que enxergam de negativo nas outras pessoas para servi-lhes de juízo de valor equivocadamente tolo, como se avalizassem pretensiosamente a negatividade do ser, e aí tudo se justifica como certo e normal.

O apreço salva vida, transforma e abre caminho para os bons relacionamentos. Apreciar honesta e sinceramente é como se fosse uma fórmula mágica que provoca uma transformação na vida de alguém. E a apreciação tem um efeito reflexo. Se, de um lado, beneficia aquele que é estimado, entusiasmando-o e aumentando-lhe a autoestima e sua coragem; do outro, é a chave que abrirá portas para a conquista da simpatia, do bom relacionamento e da cooperação.

É preciso que desatemos o nó do rigor enrijecido e sistemático para sermos humildes o bastante em reconhecer no outro o seu valor, a sua capacidade e a sua importância, desarmando-nos do olhar crítico e severo que tão somente nos enfraquece e nos empobrece. Desse modo – e somente desse modo – é que teremos o verdadeiro apoio entusiástico das pessoas, o reconhecimento e a dedicação. Isso é crescimento pessoal, mas, acima de tudo, é crescimento espiritual.

E por falar em humildade, existem algumas passagens na Bíblia que tratam desse tema. Faço questão de citar duas importantes conhecidas: "Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3). "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus" (Miquéias 6:8).

O significado mais nobre de humildade é a capacidade de reconhecer os próprios erros, defeitos ou limitações, e ainda: demonstração de respeito, submissão, consideração. Por sua vez, diverge-se de ostentação.

Portanto, é preciso e tão importante que sejamos humildes para agir com humildade. E, através de nossa humildade, capacitamo-nos espiritualmente para servir e também ser servidos; para apreciar o que há de bom nas pessoas e sermos apreciados; elogiar e sermos elogiados. Sem a humildade não reconhecemos nossos próprios defeitos e não teremos olhos para elogiar, muito menos para estimar os outros. Manifestar apreciação é também sermos gratos para com o outro; é reconhecer no outro aquilo que desejamos ser efetivamente reconhecidos; é valorizar as coisas mais simples de cada um de nós; é olhar com olhos santos. Com apreço e gratidão rompemos infinitamente as barreiras em nossas relações interpessoais e, com certeza, conquistaremos a simpatia e a atenção de todos.

Por fim, se desejarmos obter o apoio e o comprometimento das pessoas, devemos, antes de qualquer coisa, desarmarmo-nos da fraqueza em criticar os erros e as ações para, com olhos imaculados, observarmos no outro os pontos positivos que possui e que todos têm. O elogio, sincero e verdadeiro, é transformador e derruba obstáculos e preconceitos. E o sorriso, por sua vez, tem o mágico poder de chancelar a efetivação do bom relacionamento.


domingo, 7 de outubro de 2012

ACABO DE VOTAR


Levantei-me, peguei o meu título, encaminhei-me ao colégio próximo de minha casa, apresentei-me aos mesários, e, enfim, votei. Votei feliz por um lado; irritadíssimo, por outro. Mas votei convicto do que fiz e pretendo fazer. 

Resultado:


Para prefeito meu voto foi para...

Xiii, não foi. Anulei com muita tristeza e indignação, devido essa baixaria desenfreada e corrupta que se depara na politicagem de minha cidade entre politiqueiros e tolos cidadãos vulneravelmente corrompidos e enganados. E não quero falar sobre isso.
Só digo que é uma pena que não votei para prefeito! Espero que eu seja surpreendido. Mas duvido.


E para vereador, meu voto foi para...

HUMBERTO JOSÉ HENRIQUE



Dados do Candidato
Cargo a que concorre: Vereador
Nome para urna: Humberto Henrique
Número: 13333
Estado: Paraná
Município: Maringá
Partido: Partido dos Trabalhadores - PT
Coligação: Maringá de toda a nossa Gente - Pt - Pcdob - Ppl (PT / PPL / PC do B)
Situação: DEFERIDA.

Esse é meu candidato a vereador. É aquele que acreditei e ainda acredito em sua honestidade (pena que é do PT). Mas sei que é gente do bem que quer o bem. Torso por você, Humberto. Você é um dos caras que têm carater e personalidade. A você devemos  - como cidadãos interessados pela moralização e seriedade da câmara municipal e dessa administração tão maculada - estar sempre dispostos a lhe ajudar. Desejo muito que você seja reeleito, pois com você sim a mudança continua.


NÃO PODEMOS É DESISTIR



Em Jerusalém, uma repórter da TV vai ao Muro das Lamentações para entrevistar um velho palestino. Chegando ao local, vê que ele está rezando. Depois de uma hora, o ancião para de rezar e, quando se prepara para deixar o local, ela o aborda:
- Bom dia, senhor! Eu sou da TV Al Jazira e queria entrevistá-lo. O senhor é a pessoa mais antiga que vem diariamente rezar aqui no muro. Há quanto tempo o senhor vem aqui para rezar?
- Ah... há uns 80 anos - responde o provecto senhor.
- Nossa! 80 anos! E o senhor rezou pedindo o quê, nestes anos todos?
- Rezo pela Paz entre judeus, muçulmanos e cristãos, rezo para que o ódio pare e que nossos filhos cresçam juntos em Paz e Amizade.
- E como o senhor se sente após 80 anos de orações diárias?
- Sinto-me como se estivesse falando com a parede...


Um dia mudará.
Um dia...
Um dia que mudará um dia.
Mudará?
Um dia...
Mudará.

PT É ESSA COISA AÍ



Conversa entre petistas

- Se você tivesse dois apartamentos de luxo, doaria um para o partido?

- Sim - respondeu o militante.

- E se você tivesse dois carros de luxo, doaria um para o partido?

- Sim - novamente respondeu o valoroso militante.

- E se tivesse um milhão na conta bancária, doaria 500 mil para o partido?

- É claro que doaria - respondeu o orgulhoso companheiro.

- E se você tivesse duas galinhas, doaria uma para o partido?

- Não - respondeu o camarada.

- Mas por que você doaria um apartamento de luxo se tivesse dois, um carro de luxo se tivesse dois e 500 mil se tivesse um milhão, mas não doaria uma galinha se tivesse duas?

- Porque as galinhas eu tenho.


SONETO JURÍDICO



Ensinaram-me que a norma era a lei
Tão-somente a lei mais nada era a norma
Por eu não gostar da lei, dessa forma
A norma também a odiar passei

Mas descobri no direito estrangeiro
Que a norma à lei não se restringe
Pois se um princípio qualquer se infringe
Cai o ordenamento jurídico inteiro

Então, norma é princípio também
E o princípio de valor está cheio
Donde se conclui sem nenhum receio

Que na norma bastante valor tem
Sendo assim, não é a norma que é injusta
Mas o juiz em sua aplicação vetusta.

TESTE DA BANHEIRA


No hospital psiquiátrico...

Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor: 

- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?


O diretor respondeu:

- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.

- Ah! Entendi. - disse o visitante. Uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.

- Não! - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?- e grita: enfermeira, traz a camisa de força.

Essa é para mostrar que as opções existem, mas que nem sempre as que nos são impostas são as corretas. Precisamos acreditar e agir primeiramente com os nossos olhares, não com os olhares condutores dos demais. 


domingo, 12 de agosto de 2012

E AS ELEIÇÕES ESTÃO AÍ



O homem que se vende recebe sempre mais do que vale
(Barão de Itararé)

Essa frase vem no momento certo para dizer a coisa lamentavelmente certa. Em época de campanhas políticas, lícitas ou ilícitas; justas ou injustas; certas ou erradas; pobres ou milionárias, o que vimos são “vias levianas de duas mãos” em busca de interesses que visam apenas satisfazer desejos próprios. Pessoas corruptas de um lado e corruptivas de outro traçam cenários vergonhosos de nossa pútrida sociedade oportunista. E a carapuça está disponível a quem interessar possa.

Interessar. Até parece! Jamais. Quem é corrupto o bastante, também é covarde e crápula o bastante para se camuflar em simpática pessoa, polida e cavalheira, defensora dos mais altos princípios e éticas, disposta a mudar o mundo. Não sabe governar sua cozinha, quer governar a Maringá inteira. E sabe qual é o pior de tudo isso? Ainda tem quem acredita nela.

Para mim, existem três expressivas classes de pessoas que se envolvem na política. Na primeira classe situam-se as do tipo acima, gananciosas que visam interesses obscuramente particulares, são bandidas e aproveitadoras; já na segunda classe, encontram-se pessoas bem intencionadas. Porém essa classe, por sua vez, subdivide-se em duas subclasses: de sujeitos fracos, que em algum momento de sua gloriosa vida política aceitarão o preço que lhes será imposto, por qualquer que seja o motivo, corrompendo-se imediatamente; e de sujeitos fortes e determinados, que defendem até o fim seu objetivo de fazer o bem à sociedade, porque têm propósitos e sabem muito bem o que estão fazendo; e, por fim, preciso dizer da classe dos medíocres aventureiros (que não é pequena) que visam apenas duas coisas: a ascensão social e a segurança de um bom salário, mesmo que seja por um determinado período curto de tempo. Pobres aventureiros! Essa classe de pessoas se aventura a cargos públicos, mas com um conhecimento, com uma bagagem cultural tão mediocremente pequena que acabam, quando muito, criando projetos como, por exemplo, dar nome às ruas. E a sociedade paga caro por isso.

Para assumir um cargo público, não basta querer. Tem que ter vocação. Tem que ser forte e ético o mais que suficiente. Tem que ter discernimento e ser honrado o bastante. Afinal, está lidando com o bem alheio – o patrimônio público. E se é público, não é objeto de negociação, muito menos de apropriação. Para assumir um cargo público, precisa saber que trabalhará para a sociedade, não para ele mesmo ou para crápulas manipuladores da administração pública, que sempre existirão, mas que precisam ser expurgados de nossas esferas políticas.

Embora apaixonado pela política e ainda acreditar muito nela, confesso que muitas vezes tenho vergonha de mim mesmo, vergonha como pai de família, vergonha como trabalhador honesto, vergonha como cidadão por ser, lamentavelmente, dependente de muitos crápulas investidos em cargos públicos, que sugam boa parte daquilo que contribuí como cidadão para o crescimento da sociedade. Estou cansado de politiqueiros safados, que se atracam em cargos públicos, como o cão se atraca no osso e não larga mais. Tenho vergonha sim, pois esse bando convive e faz parte da mesma sociedade em que vivo e persistem ocupar o trono de nossa administração.

Tenho arrepios quando chegam épocas como essas em que devemos (somos obrigados) votar. Penso que preciso conter minha educação e ética para não perder a compostura e dizer algumas verdades que a muitos que se aventuram no âmbito político e que vêm com um sorriso sinicamente esculachado na cara me pedir voto. Um bando de inexperientes administradores que se candidatam almejando um cargo político, seja a prefeito, seja a vereador, visando não só uma posição social ligeiramente avantajada, mas também o engordo de seu bolso. São sujeitos que dizem saber pouco de tudo, que possuem vasto conhecimento disso ou daquilo, mas que, na verdade, sabem quase nada, que dirá preparo para assumir o cargo que de uma hora para outra se acham competentes.

Alguns já me vieram pedir voto, insistindo nas mesmas promessas mirabolantes e medíocres. Propostas que nem são de competência do cargo que almejam. Propostas incertas, duvidosas, cômicas até, e de um gosto lamentavelmente duvidoso. Pobres ignorantes políticos!

Como dissera o poeta Gregório de Matos, em seu tempo, replico aqui no meu tempo, em nosso tempo, no tempo que pouco se evoluiu e que ainda somos obrigados a ver tantas asneiras de asnos candidatos a cargos públicos. Esperneia e grite em seu túmulo, nobre poeta. Manifeste-se poeta da boca maldita, que muitas verdades já dissera e que cabe aqui serem reditas:     

A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.

Em cada porta um bem freqüente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.

Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia,

Estupendas usuras nos mercados,
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.

Viva a democracia, escancarada e libertina, que favorece a todos, mais ainda àqueles maus intencionados crápulas aproveitadores e destruidores dos mais nobres valores que uma sociedade como tal poderia ter.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

FESTA JULINA DO NOBORU



No dia 21 aconteceu mais uma festança julina do meu amigo Noboru Yamamoto. Ele, sua família toda e seus bons vizinhos fecham a rua – com a devida autorização – e lá só entravam os “caipiras”. Já perdi as contas de quantas já se passaram, mas já já esse evento fará parte do calendário cultura da cidade.



Com direito à fogueira, a festa reuniu muitos amigos e pessoas conhecidas. Até um velho amigo (está velho mesmo) pude encontrar lá. Laércio Rodrigues, que trabalhamos bom tempo juntos e muito nos divertimos falando bobagens. Só falando, fazendo não. Não é mesmo, Laércio? Boa sorte para você nessa sua empreitada. Desafio e tanto! Sabe, eu até tentei arriscar pular a fogueira, como segue a música, mas a bicha estava quente demais.





Noboru, meu amigo, bicho bom, honesto e muito honrado que, depois de velho, está novo, com novo visual, sem bigode (quem diria!) e em perfeita forma atlética. O que você anda fazendo, hem Noboru!? Ensina aos amigos.


Muita Saude e Paz para você e sua Família.


sábado, 14 de julho de 2012

BANHO DE GATO

SERÁ MESMO?



Ora bolas, vendo esse vídeo fico frustrado, pois me lembro, quando moleque, das dezenas de milhares de vezes que tentei ensinar meu bichano (para não falar "meu gato" e aqui causar má impressão) a tomar banho. O bicho saia de casa, ia lá ao monte de areia e fazia suas necessidades, por sinal bem onde eu costumava brincava com meu irmão e meus amigos. Putz, que merda! E como nem ele próprio suportava o mal cheio daquela bostanhada toda, procurava imediatamente cobri-la com areia. Eu estou para ver bosta mais fétida, fedorenta, malcheirosa, podre do que as dos bonitinhos e carinhos gatinhos. Será que existe? Duvido.

Levando-se em conta a nobre preocupação do bichano em cobrir seu serviço e como vivia sempre dentro de minha casa, folgadamente esparramado sobre meu sofá a balançar sua calda de um lado para o outro sem parar, eu achava, em minha santa ingenuidade, coerente dar uma lavadinha no bicho de vez enquanto, com direito a sabão em pó, xampu e algo mais, do mesmo modo que eu fazia com o meus cães, que gostavam muito. Quer dizer, eu acho que gostavam. Eles saiam feitos loucos pelo quintal afora, atravessavam a cerca e sabe lá para onde eles iam. Às vezes demoravam em retornar. Mas retornavam. Eu pensava assim: “Ah estão limpinhos, estão cheirosos. Só poderiam ter descolado uma gata, que dizer, uma cadela para paquerar”.

Voltando para a história do gato, foram diversas tentativas frustradamente inúteis, pois o felino se recusava impetuosamente a molhar a cara, que dirá o corpo todo. No final ele sempre ganhava. E eu? Bem, eu sempre precisava do auxílio de minha mãe para me curar dos arranhões e mordidas que, covardemente, o bicho selvagem me fazia. Eu até achava que ele nunca mais retornaria para mim de tanta raiva. E eu dele, claro. Mas sei que no fundo ele gostava muito de mim, de meus carinhos e brincadeiras que propiciava a ele. Por sinal, lembro-me de meus cãezinhos que morriam de inveja dele. Acho que era inveja. Não era à toa que por diversas vezes eu tinha que subir no telhado para resgatá-lo dos seus arquirrivais.

Esse bicho no vídeo acima não deve ser gato. Com certeza não é. Impossível um gato tomar banho. Olha que eu tentei, hem! Por muitas incansáveis vezes. De todas as formas possíveis. Lembrou-me de quando resolvi amarrá-lo. Bem, isso não vem ao caso agora. Mas não aceitar nem uma lavadinha no rosto? Que frustração minha! Por isso que eu não quero mais saber de bicho pequeno. Só bicho grande, tipo assim, gado, cavalo, onça, que é um bicho dócil e de fácil relacionamento.

terça-feira, 10 de julho de 2012

QUE MUNDO MARAVILHOSO

CARPE DIEM




What a Wonderful World

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world

I see skies so blue and clouds of white
The bright blessed days, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world

The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands, saying, "how do you do?"
They're really saying, "I love you"

I hear babies cry, I watch them grow
They'll learn much more, than I'll never know
And I think to myself, what a wonderful world

Yes, I think to myself, what a wonderful world

Que Mundo Maravilhoso

Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também,
Eu as vejo florescer para mim e você,
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso.

Eu vejo os céus tão azuis e as nuvens tão brancas,
O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da noite,
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso.

As cores do arco-íris, tão bonitas no céu,
Estão também nos rostos das pessoas que se vão.
Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: "como você vai?"
Eles realmente dizem: "eu te amo!"

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer.
Eles aprenderão muito mais que eu jamais saberei,
E eu penso comigo... que mundo maravilhoso.

Sim, eu penso comigo... que mundo maravilhoso.


Prá quê guerra? Prá quê discórdia?
Prá quê dor? Prá quê solidão?
Tanto sofrimento, tanto desamor,
Num mundo que parece não ter perdão.

O que precisamos para viver
Já temos sem nenhum esforço.
Mas se desejamos algo mais,
Lutamos cegamente feito loucos.

Essa Terra onde vivemos é abençoada e generosa.
Dádiva Divina, que recebemos sem nenhum “tostão”.
Porém alguém ousa dizer: - “Mas, ora, não tenho tudo que quero!”.
Direi, então: que pena, que dor, que difamação!
Afinal nela nasci, vivi e morri, com muita fé e compaixão.

Quer presente maior? Impossível, asseguro que não há.
O mistério da vida não temos poder para decifrar.
Mas temos a graça e a oportunidade de aqui passar.
A graça e a oportunidade de aqui compartilhar.

Chega de tristeza, chega de queixa, chega de dor.
Vivamos humildemente na grandeza desse Amor.
Amor ao próximo, Amor a si mesmo.
Amor a tudo que recebemos, de graça e sem medo.
Simplesmente Amor.


Vladimir Eduardo Massetti